sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Bife acebolado às 8hs da manhã é sacanagem!

Acabo de acordar e tem um cheiro "delícioso" de bife acebolado com bacon e ovo invandindo o meu quarto, sala, cozinha e até a casa do vizinho. Nada contra o bife, a cebola ou ovo...mas as 8:35hs da manhã é sacanagem! O cozinheiro é o hondureño que comparte piso comigo. O menino chegou aqui sem saber usar uma panela. De verdade! Comia todos os dias pizza e salgadinho.

Um trecho da nossa primeira conversa:

Eu: "Você quer que eu te ajude a cozinhar? Arroz, macarrão, qualquer coisa?
Hondureño: "Ummm... aceito. Até comprei um livro, mas..."
Eu: "Não tem problema! Vamos começar com macarrão que é muito fácil.."
Hondureño: "Deixa eu arriscar: é só encher uma panela de molho de tomate e botar o macarrão dentro?"
Eu: "Calma... não é bem assim.."

Parece loucura ou invenção minha, mas ele não tinha a menor idéia de nada, mesmo! Não passava pela cabeça dele como fazer arroz, ovo frito, frango, nadica de nada. Com dó, institui os almoços como "classes de culinária express". Até que ele aprendeu rápido. E eu, me ferrei com o cheiro de bife acebolado às 8 da matina....

OBS: semana passada cheguei em casa às 14hs da tarde e encontro o hondureño cozinhando... Arroz, salada de tomate e espetinho de carne de porco. Detalhe: o esperto fritou a carne com o com o espeto de pau e tudo! aiaiaiiaiaiai

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Caipirinhas brasileñas, sim senhor!


Ui, fizemos uma festa. Nao uma reuniaozinha qualquer, mas uma grande festa de inauguraçao da casinha. No apê, uns 70 convidados. De todo canto do mundo, claro. Aqui somos uma família de imigrantes... Argentinos, chilenos, peruanos, mexicanos, hondureños, venezuelanos, salvadoreños, italianos, portugueses, hungáros, uns poucos catalanes e nosotros, los brasileños, claro!!!! Para entrar, um só pedido: "tragam bebidas". Tinhamos de tudo: desde as tradicionais Sangrias espanholas, muitos vinhos e lambruscos (aqui é mtooo barato, tipo 1 euro), cervejas e, claro, CAIPIRINHA! Nao deixaria faltar, jamais! Fiz de limao e de abacaxi.. Um sucesso! Deixei todo o povo doido, "borrachos" e apaixonados pela nossa bebida made in Brasil...


OBS: a festa foi grande e a sujeira do dia seguinte maior! Faz parte...


Beijos desse lado de cá!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Que tempo louco!


Oi gente... quanto tempo! E que tempo! A verdade é que desde que eu embarquei no aviao com destino ao outro lado do oceano o tempo tornou-se um tanto curioso. Faz só um mês, mas parece tanto... Tanto para minha maezinha que está ai a espera de uma notícia minha e tanto para mim que nao vejo as pessoas queridas. Ao mesmo tempo, me parece tudo tao novo, tao recente. Ok, ja sei andar na cidade, me comunicar com as pessoas, andar de onibus, metro, a pé. Mas, continuo com olhos de turista, que anda olhando para o alto, vendo cada detalhe da cidade (só turista faz isso!) e achando tudo lindo, divertido, diferente, novo! Só um mês e como tudo mudou nesse unico mês. Louco, nao? Sim.

Nesse pouco, mto tempo, estou conhecendo castelos, parques, montanhas, praias, lindas, lindas, lindas.. dignas de postais, cenas de filmes. Mas também vejo a realidade nua e crua de estar longeee daquele que chamamos de país. Aqui sou estrangeira. E sempre vou ser. Isso nao é uma reclamaçao, longe disso! Mas percebi na pele que só quando estamos longe de casa é que damos valor a pequenitas coisas. Ummm que vontade de comer um pao de queijo
Do lado de cá, o Brasil é cada dia mais bonito. Dizemos "no meu país" é assim ou é assado... É uma delicia ouvir um português perdido na boca de tantos estrangeiros. E é louco descobrir as impressoes que as outras pessoas têm da gente. É verdade: somos o país dos Ronaldinhos, do Pelé, da Xuxa, das novelas, do feijao, do futebol, do samba, das mulheres bonitas, da alegria e, claro, do carnaval. Isso é fato. Ixi.. mas somos muito mais! E me sinto na obrigaçao de estar aqui para dizer e comprovar isso!
Bem, minha parte estou fazendo: a argentina e o hondureño que moram comigo já conhecem grande parte do repertório de músicas brasileiras (incluindo bossa nova, claro!), alguns filmes, algumas palavras e uma boa feijoada! Que mesmo longe, aqui em casa nao falta!

OBS: a foto é de Montserrat, Barcelona. Muitooo frioooo!!!!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

mundaooo rico!

Hola, hola, hola!!! Gentem, do lado de cá do mundo é tudo muito diferente! A começar pelas pessoas, principalmente as mulheres espanholas. Todas elas, sem excessao (ate as velhinhas) usam pircieng no rosto: ou no queixo, ou na bochecha, ou na boca. Sem contar o cabelo das adolescentes, que é uma piada: uns cortes loucos, com uma parte curta outra comprida, a maioria pintado, com a franja grudada de lado na testa -lisaaaaaaaaaaaa- e a parte de tras do cabelo todo enrolado. Parece que o permanente anda em alta por aqui. Bem estranho, parecem uns poodles! Fora isso elas se vestem mto bem, alias, as roupas daqui sao bem bonitas... (há quem exagere com as sobreposiçoes: vestido em cima de calça, com shorts, com botas). Ah, outra coisa que me chamou bem a atençao: a bota e o cachecol sao acessorios comuns como a bolsa ou o cinto. Nao importa se esta frio ou nao, elas usam mini saia, com regatinha, cachecol e bota de cano alto... Fica, no minimo, estiloso. Mas deve ser quente, nao?

Fora os nativos, ha gente de tudo que é cantinho desse mundao. De verdade! Os turistas sao a maioria em Barcelona, no metro, nas ruas, nos onibus, em tudo, ha alguem falando alguma lingua estranha, com o guia turistico da cidade em maos e olhando para o alto. Explico: em qualquer "calle" ha algo que chama a atençao. Em apenas dois dias eu ja visitei: parques, praia, porto,castelos, calçadoes, igrejas, museus... Uma riqueza cultural!

Gente, por enquanto, tudo è mto novo, delicioso e bonito. Mas ja da para sentir a falta de algumas coisinhas brasileiras que nao tem por aqui.. por exemplo a nossa tv cheia de novelas! Ah, so eu sei como estou sentindo falta de A Favorita e atè do Domingao do Faustao.. quem diria! Bem, gente, vao me atualizando dai que eu conto daqui. Certo?

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Hola, chicos!!!

Enquanto viajava onze interminaveis horas dentro de um aviao (mais duas de conexao em terra e outro a bordo) a minha irmaezona, Lane, se adiantou para contar a realizacao desse meu grande sonho: conhecer o mundo. Ainda nao sei nada, nao vi nada, mas ja garanto que cada novidade carrega um gostinho especial.

To cansada, com muito sono, com o fuso horario completamente trocado (aqui em Barcelona sao 5 horas a mais), mas mtoooo feliz!!!! Nesse proximo um ano, nao faço a menor ideia do que vai ser da minha vida... Sera que vou sofrer demais? Passar fome? Frio? Medo??? Ai, nao sei.. mas entrei na chuva para me molhar, to disposta a tudo! Um beijao e sorry as faltas de acentos, porque o pc daqui è meio locao!

Besos, chicos!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Um novo ano que se inicia...


25 de setembro de 2008.

Pra maioria das pessoas, este foi só mais um dia do calendário...

Pra Lí, foi o dia D, o dia que divide a vida dela em "antes" e "depois". O dia da realização do sonho, do frio na barriga pelo desconhecido, pela expectativa, pelo desafio...

É. Neste momento a minha linda está voando alto rumo a Barcelona!

Lá, ela vai ralar² de estudar e sentir muuuuuita saudade de muuuuuita gente, entre outros sofrimentos peculiares de quem diz um até logo para as coisas e pessoas que ama. Mas vai voltar pós-graduada em Jornalismo Avançado e fera no espanhol e no catalão, conviver com pessoas de muitas partes do mundo, viajar como uma verdadeira mochileira sempre que o tempo e o dinheiro permitirem, ver neve e sentir os mais de 35 graus em pleno verão.

E, principalmente, vai voltar realizada por ter conseguido realizar seu sonho de menina: estudar fora. Sim, lá no ginásio ela já sabia que devia estudar e trabalhar muito para ser uma redatora reconhecida, não pela fama, mas pelo seus textos tão cheios de vida e de sentimentos que brotam das palavras que escreve.

Tenho certeza que vou morrer de saudade da minha linda, mas estou extremamente feliz e orgulhosa e torço por ela, vivo com ela...

Lí, eu te amo!
Sua eterna irmãe...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Porque nós, mulheres, enlouquecemos os homens!!

Mulher - Onde você vai?
Homem - Vou sair um pouco.
Mulher - Vai de carro?
Homem - Sim.
Mulher - Tem gasolina?
Homem - Sim.... coloquei.
Mulher - Vai demorar?
Homem - Não... coisa de uma hora.
Mulher - Vai a algum lugar específico?
Homem - Não... só rodar por aí.
Mulher - Não prefere ir a pé?
Homem - Não... vou de carro.
Mulher - Traz um sorvete pra mim!
Homem - Trago... que sabor?
Mulher - Manga.
Homem - Ok... na volta eu passo e compro.
Mulher - Na volta?
Homem - Sim... senão derrete.
Mulher - Passa lá, compra e deixa aqui..
Homem - Não... melhor não! Na volta... é rápido!
Mulher - Ahhhhh!
Homem - Quando eu voltar eu tomo com você!
Mulher - Mas você não gosta de manga!
Homem - Eu compro outro... de outro sabor.
Mulher - Aí fica caro... traz de cupuaçu!
Homem - Eu não gosto também.
Mulher - Traz de chocolate... nós dois gostamos.
Homem - Ok! Beijo... volto logo....
Mulher - Ei!
Homem - O que?
Mulher - Chocolate não... Flocos...
Homem - Não gosto de flocos!
Mulher - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
Homem - Foi o que sugeri desde o começo!
Mulher - Você está sendo irônico?
Homem - Não tô não! Vou indo.
Mulher - Vem aqui me dar um beijo de despedida!
Homem - Querida! Eu volto logo... depois.
Mulher - Depois não... Quero agora!
Homem - Tá bom! (Beijo.)
Mulher - Vai com o seu ou com o meu carro?
Homem - Com o meu.
Mulher - Vai com o meu... tem cd player... o seu não!
Homem - Não vou ouvir música... vou espairecer...
Mulher - Tá precisando?
Homem - Não sei... vou ver quando sair!
Mulher - Demora não!
Homem - É rápido...
Mulher - Ei!
Homem - Que foi agora?
Mulher - Nossa!!! Que grosso! Vai embora!
Homem - Calma... estou tentando sair e não consigo!
Mulher - Porque quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
Homem - O que quer dizer?
Mulher - Nada... nada não!
Homem - Vem cá... acha que estou te traindo?
Mulher - Não... claro que não... mas sabe como é?
Homem - Como é o quê?
Mulher - Homens!
Homem - Generalizando ou falando de mim?
Mulher - Generalizando.
Homem - Então não é meu caso... sabe que eu não faria isso!
Mulher - Tá bom... então vai.
Homem - Vou.
Mulher - Ei!
Homem - Que foi, cacete?
Mulher - Leva o celular, estúpido!
Homem - Prá quê? Prá você ficar me ligando?
Mulher - Não... caso aconteça algo, estará com celular.
Homem - Não... pode deixar...
Mulher - Olha... desculpa pela desconfiança, estou com saudade, só isso!
Homem - Ok, meu amor... Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
Mulher - Eu também! Posso futricar no seu celular?
Homem - Prá quê?
Mulher - Sei lá! Joguinho!
Homem - Você quer meu celular prá jogar?
Mulher - É.
Homem - Tem certeza?
Mulher - Sim.
Homem - Liga o computador... lá tem um monte de joguinhos!
Mulher - Não sei mexer naquela lata velha!
Homem - Lata velha? Comprei mês passado!
Mulher - Tá..ok... então leva o celular senão eu vou futricar...
Homem - Pode mexer então... não tem nada lá mesmo...
Mulher - É?
Homem - É.
Mulher - Então onde está?
Homem - O quê?
Mulher - O que deveria estar no celular mas não está...
Homem - Como!?
Mulher - Nada! Esquece!
Homem - Tá nervosa?
Mulher - Não... tô não...
Homem - Então vou!
Mulher - Ei!
Homem - O que ééééééé?
Mulher - Não quero mais sorvete não!
Homem - Ah é?
Mulher - É!
Homem - Então eu também não vou sair mais não!
Mulher - Ah é?
Homem - É.
Mulher - Oba! Vai ficar comigo?
Homem - Não... cansei... vou dormir!
Mulher - Prefere dormir do que ficar comigo?
Homem - Não... vou dormir, só isso!
Mulher - Está nervoso?
Homem - Claro!!!
Mulher - Porque você não vai dar uma volta para espairecer?
Homem - .......

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Idolos

Gente, tô rindo da minha própria cara.. Ok, sempre fui uma pessoa chorona - de chorar com um bom filme, um bom livro, datas comemorativas...Mas, nunca pensei que choraria com Idolos! Sim, aquele programa de calouros que passava no SBT e agora passa na Record.

Afe.. estou assistindo os melhores momentos da seletiva do programa no Brasil. Além de rir muito (Meu Deus, como tem gente sem noção!), já chorei com uns cinco casos de sucesso.

Gente, será que tô de TPM ou numa fase tão delicada assim? Aiaia que vergonhoso.

Anjo de quatro patas





Dias atrás uma grande amiga e jornalista, Bruna Menegueço, deixou na minha mesa um livro que já me ganhou pela capa: "Anjo de quatro patas" do autor global Walcyr Carrasco. Devorei o livro em dois dias, claro. Na história o autor conta o seu relacionamento com o Uno, um husky bem levado. Dei muita risada, mas já com um nó na garganta....Não quero estragar o final de ninguém, mas vocês devem imaginar o que acontece com o peludinho.

Enfim, entre uma página e outra, passou um filme na minha cabeça do meu vira-lata, Lettuce (primeira foto), que viveu comigo por 11 anos e morreu o ano passado. Quem sente esse mesmo amor pelos cães pode imaginar o quanto eu me acabei em lágrimas. Chorei, chorei e chorei...
Bem, para quem não conhece, apresento os meus anjos de quatro patas:

  • Lucky de 7 anos - é pintcher, mas com alma de vira-lata. (segunda foto)
  • Barão de 1 ano- é o pitbull da minha irmã, mas é meu de coração e mora aqui no quintal de casa. Ah, pra quem se assusta com a raça já digo: é o cachorro mais babão desse mundo. Tem um coração do tamanho dele! (terceira foto)
  • Vick de 4 meses- a minha vira-latinha, caçula. A minha paixão nessa vida. (quarta foto)

Só digo que não seria ninguém se não tivesse a companhia diária dos meus cachorros. Não há raiva ou rancor que ganhe dos olhinhos pidões deles. É um amor incondicional, que me faz uma pessoa melhor a cada dia.

OBS: desculpa o post meloso é que ainda estou tocada pelo livro... ahah. Bjos!







quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Um tapa na cara...

Nunca fui rica, mas, graças a Deus, nunca faltou nadinha de nada aqui em casa. Não sei o que é passar fome, frio ou dor. Tenho os meus pés no chão - sim, tive que arregaçar as mangas e trabalhar desde os 15 anos-, mas, ainda levo golpes da realidade.

Hoje fui fazer a unha numa manicure amiga da minha família. A conheço há uns 10 anos e sempre acompanhei a vida suada dela. Acorda cedo, trabalha na casa das clientes e no salão. Não tem final de semana, feriado ou férias. Também não tem convênio (faz tudo no postinho), nem carro muito menos casa própria. Por incrível que pareça vive muitíssimo bem sem tudo isso.

Durante o nosso longo papo, ela me revelou uma preocupação: a dona que aluga a casinha de três cômodos dela pediu o imóvel para alugar para outra pessoa que pague mais. Resumo: o aluguel custa R$ 202,00 e a dona procura alguém que pague R$ 300. A manicure, desesperada, revirou Guarulhos para encontrar outra casinha. Mas... em vão. Todos os contratos pedem o pagamento antecipado de três aluguéis, ou seja, ela teria que desembolsar uns R$ 600.

Fiquei muda, sem reação. "Meu Deus, o que é R$ 600 reais?" Ok não cai do céu, mas pra mim está longe de ser um dinheiro absurdo... Passou um filminho na minha cabeça e senti o quente no rosto, como se tivesse levado um tapa na cara... doído.

Sabe o que é o melhor? A manicure não perde o humor nem o sorriso estampado no rosto..Eita vontade maravilhosa de viver.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Síndrome da mente inquieta!


Desde que comecei meu curso de espanhol aos sábados de manhã, virei adepta à cama e TV nas sextas-feiras à noite. Bye bye noitada, bye bye festinhas, sábado é dia de branco. Nessas situações Chapelim virou meu amigão intimo. “No Globo Repórter de hoje você vai conhecer a síndrome que afeta milhões de brasileiros, a síndrome do sono”, anunciou o querido (que tem voz de nariz entupido), minutos atrás. Bem, ok, até que o tema de hoje me interessa (pena que não tenho uma TV paga)... Enfim, descobri que faço parte do grandioso número de brasileiros com algum dos distúrbios do sono: insônia (não tenho), muito sono (também não), ronco (não que eu saiba), sonambulismo (já tive), pesadelos (muitosss), síndrome das pernas inquietas (um pouco). É um absurdo, não? Justo na hora que você deita a cabeça no travesseiro aparece algum desses distúrbios modernos para atrapalhar o sono... Poxa! Quer saber, o pior de todos os distúrbios não foi mencionado: a síndrome da mente inquieta! Dessa, sim, eu sofro!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Quase paguei peitinho e virei capa da Contigo!

Hoje acordei feliz: vou nadar! Há meses não caia numa piscina e, finalmente, chegou o dia de matar a saudade. Que coisa boa! Montei a mochilinha com todos os acessórios: toca de pano, de silicone, óculos e maiô. Cheguei na piscina, linda e maravilhosa, e thibum...Na primeira braçada senti algo estranho, uma liberdade, uma folga, que não conhecia. Eram as alças do meu querido maiô um tanto folgadas. Sim, bem folgadas! A cada braçada o maiô ficava mais largo. Que horror! Resultado, nadei com muito cuidado, rezando para não pagar peitinho na piscina- foi por muito pouco! A minha sorte é que eu estava sozinha na raia! Ah, claro, hoje abandonei o nado de costas... Ficar de peito para cima era dar sopa pro azar! No mínimo renderia um flagra pra revista Contigo, fala sério...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cantinho no céu garantido!

Se perrengue for quesito para vaga no céu, to dentro e já garanti uma mansão! Meu papaizinho, que dia! Acordei naquelas manhãs que N-A-D-A cai bem. Nem o sapato, que eu mais amo, calçou confortável. Passei uns 30 minutos num festival de troca roupa que devo até ter emagrecido. Quarenta minutos depois – e atrasada – sai de casa com a roupa de sempre, aquela “Com Deus me deito, com Deus me levanto”! Ok, agora é relaxar! Grande delírio: cheguei na Dutra e encontrei o companheiro de todos os dias, o “querido” trânsito!

Bem, daí pra frente, vocês conhecem: buzina, velocidade de tartaruga, primeira marcha, fumaça e muita paciência. Gastei duas horas e meia para chegar no trabalho! Imagino o tanto de coisa que poderia ter feito nesse tempo: unha, corte de cabelo, depilação, ida ao banco, ao shopping, à praia....

Ok, encaro numa boa todo esse trânsito. Aliás, até estou acostumada com ele. Mas, definitivamente, não encaro, não me acostumo e não tenho paciência com os caminhoneiros safados. Hoje, em especial, acho que abriram as portas do “Não vejo uma mulher há 10 anos”. Puta que pariu (desculpem o palavrão), mas o tanto de cantada que levei desses “maleditos” me garante passagem direta para o céu, sem pagar pedágio. Ah, me poupe!!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

Tá pegando fogo!

Genteeee, eu sumi! Não foi por desleixo ou preguiça, juro! Foi o inesperado que me agarrou e exigiu atenção exclusiva! Em miúdos: estava em casa, freelando, até que fui convidada para apagar um "incêndio"! Desses bem inesperados, mesmo. "Agora? Tô indo já!". Bem, ócios do oficio, estou freelando em tempo integral, dia e noite, pra dar conta do recado. Ótimo para o meu currículo e azar do meu sono e da minha rotina pessoal. Ah, sinto muitíssima falta de postar e navegar pelos blogs... Enfim, era só para agradecer os acessos, mesmo sem a presença da anfitriã! No final das contas o que importa é o dever de trabalho comprido! Tá tudo em dia. Bjs!!!!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Com muito prazer, sou uma contadora de histórias!

Sou apaixonada pelo meu trabalho. Ele é cansativo, é corrido, mas me dá um retorno delicioso: a felicidade das pessoas. Para quem não sabe, eu escrevo matérias para revistas. Uma delas trabalha com histórias de pessoas reais, ou seja, gente como nós, que batalha duro para conquistar seus sonhos. É desse trabalho que falo hoje. Das histórias incríveis que conheci espalhadas por esse “Brazilsão”. E não foram poucas! Para nós, que apuramos, entrevistamos e escrevemos é uma responsabilidade tamanha escrever o certo. Esse post é um post de alegria, de satisfação pessoal. Escrevi uma matéria de dieta, de uma leitora querida, que lutou muito para ser feliz com a imagem refletida no espelho. A história dela é sofrida, cheia de obstáculos. Mesmo assim, ela venceu. Para mim, o que fica, é um exemplo de superação e garra sem proporções. Quase agora, recebi um telefonema surpresa. Era ela, do outro lado da linha, emocionada com a matéria e chorando como uma menina. O que eu fiz? Chorei junto! Um retorno desse paga qualquer noite mal dormida. Eu que agradeço.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Um MCFlurry Suflair, por favor!


Desde pequena a minha mãe me ensinou que cada um cuida da própria vida. Ou seja, nada de meter o bedelho onde não é chamada! Aprendi muita bem a lição, mas, confesso, que muitas vezes sinto vontade de dar um chacoalhão em algumas pessoas. Hoje, por exemplo, dei uma passada rápida no shopping. No elevador do estacionamento, escuto um papo entre duas mulheres – acho que eram irmãs. Uma, bem gordinha (na casa dos 100), disse para a outra, menos gordinha: “Tô cansada dessa vida. Preciso tomar vergonha na cara e emagrecer. Não consigo mais comprar roupas em lojas normais, preciso mandar costurar. Ta difícil”.

Eu fingi que não estava ali, mas não pude deixar de ouvir. Fiquei com dó, mas, ao mesmo tempo, orgulhosa daquela desconhecida. Poxa, que bacana, ela tem consciência da própria vida, está disposta a mudar para ser feliz. Legal, bacana. Mas esse meu sentimento de solidariedade à estranha durou segundos! Assim que entramos no shopping a nega parou em um quiosque de sorvete do MC D’onalds. Como assim??? Dei até uma enrolada por perto para ver o pedido. Pasmem: um MCFlurry Suflair! Ok, qualquer pedido seria um desastre. Mas, não poderia ser uma casquinha?

Juro que me controlei para não ir conversar com a moça-gorda-arrependida-cara-de-madeira. Não fui porque a minha sensatez falou mais alto. Afinal, ela é bem grandinha e sabe o que faz, não é mesmo? Caraca! Fiquei revoltada com a fraqueza do ser humano o resto do meu passeio.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Almoço da mamãe e Vídeo Show na TV

Os últimos 5 anos vivi uma fase automática, cheias de atividades e compromissos, mas automática. Automática no sentido de que não tinha muito que pensar era hora de fazer: colegial, faculdade, estágio, outro estágio, despertador às 6hs, deitar na cama às 2 da matina, TCC e, por aí vai. Esse ano, porém, desliguei o botãozinho do automático para finalmente decidir: “E agora, o que vou fazer da minha vida?” É hora de criar novas metas. Coisa de adulto (bláh). Então fiz.

Decidi realizar um grande sonho, uma experiência única, juntar todos os meus troquinhos e encarar um mestrado no exterior. Ainda não fui, mas já estou com a cabeça lá, na expectativa que tudo dê certo. E mexendo todos os pauzinhos para isso, lógico. E vai dar. Sei que vai porque to batalhando muito para isso. Nada veio de graça, pelo contrário, já suei rios para dar conta de uma lista interminável de burocracias.

O louco de tudo é que estou experimentado sensações novas. Pela primeira vez, por exemplo, pedi as contas porque preciso de tempo para resolver essas tais burocracias. Tem noção do que é isso? Eu não ficava em casa desde o ginásio! No colegial eu já trabalhava! Hoje foi a minha primeira segunda-feira por aqui. Foi bem estranho, uma mistura de feriado prolongado com férias escolares. Falando assim até parece que estou curtindo uma sessão da tarde. Que nada! To ralando com as tais papeladas e usando cada segundinho do dia e da noite para freelar. Fico feliz que tudo está nos conformes, com um pouquinho de estresse aqui outro lá, mas seguindo conforme manda o figurino.

Esse mês de agosto promete gostinho diferente. Promete muito trabalho (graças ao papai do céu) e muita correria. O melhor de tudo é que esse gostinho é do almoço da mamãe, com direito a Vídeo Show na TV!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Dia de assoprar as velinhas!


Como uma boa leonina, eu não posso negar: eu A-D-O-R-O aniversários. Adoro porque ainda acordo com frio na barriga todos os dias 01/08. Adoro porque recebo carinho de tanta gente querida. Adoro porque sempre ganho uma surpresa com algum telefonema distante. Enfim, adoro porque continuo planejando a roupa da noite e os convidados da festa (Ah, deixo registrado que eu morro de vergonha na hora de cantar os parabéns!). Ok, a festa não é a maior festa da cidade, mas o bolinho de doce de leite com morango dá conta do recado. Não sei explicar, mas me sinto uma criança em datas comemorativas. Esse ano, principalmente, tenho motivos de sobra para comemorar e agradecer ao papai do céu. O melhor presente eu já ganhei: um sobrinho lindo, lindo, lindo. Até ganhei um xixi na cara e uma fralda sujinha para limpar! Olha só que presentão. Bem, esse post é bem diferente dos outros. Mas quero registrar o meu muito obrigada!

Obs: já são 24 primaveras (to velhaaaaa), mas o que importa é o espírito de 15 e a pele de 20 anos. Beijos!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Que coisa mais fofa!

Imagens do dia - Álbum de Fotos - UOL Notícias

Gente, olha que coisa mais fofa essa foto. A cadela, Isabella, amamenta três filhotes de tigre órfãos no Kansas, USA. Os pobres tigrinhos foram abandonados pela mãe logo após o nascimento. A natureza é mesmo muito sábia, não é? Quero um tigrinho pra mim....

P-A-V-O-R D-E D-E-N-T-I-S-T-A!!!!


Sorry se algum dos meus leitores exerce essa “querida” profissão. Sorry, mais uma vez, porque pra mim dentista é mais aterrorizante do que o Fred Kruguer, o monstro que mora debaixo da cama, o bicho-papão e qualquer outro ser aterrorizante da minha infância.

Gente, cá entre nós, que coisa mais inapropriada ficar de boca aberta, com uma pessoa desconhecida com as duas mãos enfiadas dentro da sua guela, com aquela luz que cega os olhos, o jatinho de água que dá o maior banho, e aquele babador ridículo de papel toalha, que não enxuga nada. Para completar, todas aquelas parafernálias elétricas, que foram feitas para aterrorizar o cidadão. Sei que, para uns, é uma profissão bonita e louvável. Imagino que arrancar um siso, fazer um canal ou fixar um aparelho deve ser bem difícil, mas não entra na minha cacholinha como alguém tem amor por ser dentista.

Hoje, quinta-feira, tive que encarar o “monstro de avental e dentes brancos”. Cheguei lá, suando frio, mas tentando disfarçar o meu medo – pegaria mal uma moça com medo do motorzinho. “Vamos lá?”, disse o doutor, até muito simpático. Ai, senhor, lá fui eu com a mesma vontade que um peru vai para a ceia de Natal. Por pouco, muito pouco, quase me deu a louca de sair correndo pelas escadas de emergências. “Ok, é só uma limpeza. Você agüenta dores piores”, mentalizei. Lá, de olhos fechados e boca aberta, senti e ouvi o motorzinho fazendo a festa entre os vãos dos meus dentes. Ai que dor! Que pavor!

“Se doer levanta a mão, ok?”, disse o dentista. Pra responder foi bizarro, cheia de água na boca só soltei um “Ahan”. Durante os próximos 5 minutos pensei loucamente: “Vou levantar a mão, vou levantar, vou levantar...”. Quando já estava no meu limite, arrepiada dos pés a cabeça, ele soltou: “Prontinho. Nem doeu, viu só!”. Abri os olhos e, com muito orgulho do meu próprio desempenho, respondi: “Pois é, foi fácil”. Ah, me poupe, fácil uma pinóia!

Obs: Pro meu pesadelo, tenho outra consulta na terça-feira que vêm. AH!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Não me venha com demagogias!

Hoje eu tive um treco de tanto rir com um post do meu amigo Rogério, o louco da motosserra (blog na lista dos favoritos), ele fez um super estudo das mensagens subliminares das músicas infantis. Gente é uma pior do que a outra, sim! Um monte de mensagens que remetem a agressão, violência, castigo e até homossexualismo, depende do bom entendedor. Algumas delas:

Samba lele ta doente, tá com a cabeça quebrada. Samba lele precisava é de uma boa palmada...” – Coitado do lele, além de estar doente vai tomar uns tabefes pra ficar esperto.

Nana neném, que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar...” – Um bom exemplo de terrorismo infantil, coitada da criança que vai dormir com a ameaça de ser seqüestrada pela tal da Cuca.

“Boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de careta” – Outro exemplo de terrorismo: é para a feliz criança pegar no sono com uma canção dessas?

“Minhoca, michoca, me dá uma beijoca? Não dou, não dou. Então eu vou roubar! Michoco, michoco, tu ta ficando doido? Beijou do lado errado, a boca é desse lado!”... Por Deus, o que será que o michoco beijou? Asas para a imaginação!

“Serra, serra, serrador, serra o papo do vovô, quantas serras já serrou?” Coitado do vovô!

“Pombinha branca, o que está fazendo? Lavando roupa pro casamento. Vou me limpar, vou me lavar, vou pra janela pra namorar. Passou um pombo de terno branco, chapéu de lado, meu namorado. Mandei entrar, mandei sentar, cuspiu no chão? Limpa ai seu porcalhão vai cuspir no seu portão”. Desde cedo enfatizando a má-educação masculina e a mania de limpeza bem chatinha das meninas. Briga na certa!

O cravo brigou com a rosa, debaixo de uma sacada, o cravo saiu ferido e a rosa despedaçada. O cravo ficou doente, a rosa foi visitar. O cravo teve um desmaio e a rosa pôs-se a chorar”.Que triste!

“Já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem. Com certeza já morreu ou então felicidade é brinquedo que não tem." Pra mim essa é a mais deprê de todas!

Bem, agora o hino:
Atirei o pau no gato-to-to, mas o gato-to-to não morreu-reu-reu, dona Chica-ca-ca, admirou-se-se-se do berro, do berro que o gato deu. Miau!”. Ok, é super agressiva, concordo. Mas tenho certeza (afirmo porque já fui criança), que a mulekada não percebe a mensagem subliminar. Outro dia, porém, estava na casa de uma amiga que tem uma linda filha de três anos. A pequena me convidou para brincar e disse: “Tia, Lí, canta a música do gatinho!!”. Lá fui eu com a versão do gato que leva uma paulada. A menina, aos berros, dizia que a minha música estava errada. Não entendi nada, até que ela cantou:

“Não atirei o pau no gato-to-to, porque isso-so-so não se faz-faz-faz, o gatinho-nho-nho é nosso amigo-go-go, não devemos, não devemos maltratar os animais. Miau!”

Ah, por favor, não me venha com demagogias! Tô frustrada com as musiquinhas que meus futuros filhinhos vão aprender na escolinha.

terça-feira, 29 de julho de 2008

A louca,de pensamentos loucos!

Sempre tive a imaginação fértil, desde pequena. Minha mãe e as minhas irmãs mais velhas (são duas) dizem que a minha brincadeira preferida quando criança era contar histórias, sem pé nem cabeça, mas alguma história. Hoje, com quase 24 primaveras, continuo criando histórias, por profissão e por certa loucura. Hoje de manhã, por exemplo, me peguei imaginando o meu próprio velório. Que horror! Mas até que crie um velório bonito. A minha cabeça é tão maluca que consigo imaginar os diálogos entre as pessoas em volta ao meu caixão. Para completar, sofro com a situação que eusinha mesma criei. Só percebo o grau do absurdo quando já estou chorando de verdade... O pior é que essa não foi a primeira e acredito que não será a última vez que viajo no mundo da minha imaginação criando cenas irreais. Nem sei se estarei viva para testemunhar, mas já “matei” todo mundo que eu amo. Atenção: matar de imaginá-los mortos, não o ato de matar em si! Louca, sim, assassina, nunca! Mas nem sempre é cena de morte. Já imaginei algumas bem felizes. Em uma delas, eu descobria que estava grávida e anunciava para todo mundo. Em outra, criei a cena do parto, com direito a correria de ambulância e tudo! Afe! Se é loucura ou apenas uma imaginação fértil e saudável, eu não sei. Mas como eu já li em vários livros de auto-ajuda: o primeiro passo é assumir o seu problema! Pronto, assumido em espaço público.

Obs: acredito que muitas pessoas têm essa mesma mania. A diferença é que poucos assumem!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Meu reizinho, Gustavo

Num domingo com cara de qualquer, um pouquinho de sol, de neblina e globo esporte, veio ao mundo o meu primeiro sobrinho. A emoção –até inexplicável- fez chorar pessoas que eu jamais tinha visto derramar uma só lagrima. Lá no hospital São Luis, em São Paulo, eu e a minha “pequena” família fizemos plantão em frente ao berçário dos recém-nascidos. Às 9 da matina veio uma bebê fofa, Maria Eduarda, depois de outros minutos, a gorducha bebê Lorena. Choro vai, choro vem, e aparece um menininho de saco roxinho. Será que é ele??? Não.. Era o Sérgio (ficamos íntimos dos bebês), lindo, lindo,lindo também. Mais papo vai, sanduichinho de mortadela vem (sim, a minha querida irmã mais velha levou lanchinhos, suquinhos e tudo! Uma verdadeira excursão guarulhense), e entrou um novo bebê no berçário. “Será que é ele???”, toda a torcida do Corinthians grudada no vidro e.. Sim, é ele! O Gustavo Scalise Borborema, nasceu às 10:59hs, com 50 centímetros e 3,05 quilos de pura gostosura. Um bebezinho cabeludo, de dedos compridos, olhos da mãe e boca do pai. Que delícia! Primeiro menino (de uma família de muitas mulheres), primeiro sobrinho e primeiro neto. Imagina a mulherada toda melosa.. Sem exceção, os homens também estão. Depois de conhecê-lo, passamos o resto do dia acompanhando o primeiro banho, a primeira mamada, o primeiro tudo. Tô boba, babando e muito feliz, claro. Oh louco é pensar que, naquele mesmo hospital alguns deixavam a vida enquanto muitos outros joelhinhos nasciam... Reflexões à parte, seja mais do que bem-vindo, meu sobrinho amado.

Obs: já fiz o mapa-astral do pequeno: Leão com ascendente em Libra e lua em Touro.. Vai dar trabalho!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A favor dos gays, contra os afetados

Eu sou a favor de qualquer expressão de amor. Independente da classe, da cor, da raça e do sexo. Não me importa quem você ama, importa se é feliz com esse amor. A escolha é livre, é de cada um! Aliás, acho ridículo impor regras para algo tão livre como o amor. Parece poético, piegas ou brega, mas o amor liberta. Por isso repito: sou a favor do amor, independente das classificações de hetero ou homo. Mais: se eu pudesse instituir uma regra, defenderia a expressão pública de amor para todos os casos. Por exemplo: se eu posso beijar o meu namorado na boca, por que pessoas do mesmo sexo não podem fazer o mesmo? Ok, ainda existe o tradicionalismo – mais conhecido como preconceito-, mas levanto a bandeira do amem-se e ponto final. Mas cá entre nós, bibas e bibos do meu coração, ter orgulho da sua própria opção sexual não significa transformar-se em personagens com fendas, decotes e vozes alteradas. Isso já é afetação demais! E disso eu não gosto! Acho agressivo e desnecessário. É muita “forçação” de barra, não é não?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Quero ser uma ema!


Para tudo!!!! Nunca senti tanta vergonha em quase 24 anos de existência. E por ter esse bronze de escritório, fico vermelha por qualquer motivo, eu disse QUALQUER! Mas ontem, especificamente, num foi qualquer um. Foi “O Motivo”. Sete da noite, maravilha, hora de recolher as panelinhas e zarpar do trabalho. Aliás, estava toda animadinha porque tinha um programa diferente: assistir o Terça Insana. Antes de ir embora, estava papeando com os meninos da minha sala até ouvir o meu nome: “Lígia, você pode me fazer um favor”, disse o diretor da agência que eu trabalho. Ei, vocês entenderam a gravidade do assunto? Não foi a copeira, a recepcionista ou qualquer colega de trabalho. Foi o diretor!!! (Aliás, ele sabe o meu nome!). “Claro”, consegui responder, mega-sem-graça. Ah, detalhe: eu tinha acabado de desligar o computador. “Será que ele vai me pedir um texto, um livro, de última hora?”. Mas o pedido foi bem outro. Bem tosco!
“Lígia, daqui exatos 8 segundos (e-x-a-t-o-s!), vem até aqui na porta da sala de reunião e grita. “Como???”, pensei antes dele fechar a porta. Não sei se gritei nos exatos oito segundos, mas sei que fechei os olhos e berrei: “Olá, alguém ai?” Agora me diz: porque cargas d’água fui gritar a típica frase da mocinha em filme de terror? Sei lá, acho que me senti a própria mocinha!

Não satisfeito, o excelentíssimo diretor abriu a porta -com cara de quem queria se estourar de rir- e disse: “Agora grite um pouco mais para lá”. Aí, senhor, de novo? Lá fui eu: “Oieeee, alguém na escuta? Oláaaaa, tudo bem por aíiii?”. Já cega de tanta vergonha, roxa como uma azeitona, me dei conta de que a agência inteirinha (não é pouca coisa) estava olhando para mim. Vergonha máster, claro.

Então, o diretor abriu a porta e disse com o seu belo sorriso de garoto propaganda: “Muito obrigado, Lígia”. E só. Nem se deu ao trabalho de me explicar o porquê dessa barbaridade. Será que era para testar a acústica da sala de reunião? Tomara que tenha sido em prol de algo justificável. Obs: não acabou por aí, para piorar, o “querido” soltou: “Nossa, menina, você vai estourar de tão vermelha! Isso porque estava gritando do lado de trás da porta!”.

Ah me poupe, precisava anunciar a minha vermelhidão com essa voz de cantor de ópera? Não. E outra isso é favor que se peça à alguém? Nem para estágiario, poxa! Resumo da história: fui embora rindo da minha própria desgraça. Depois desse micão, se eu tropeçasse na lâmpada do Aladin ou trombasse com Deus, faria o seguinte pedido: “Quero ser uma ema!”.

Ah, o Terça Insana foi legal, rendeu boas risadas.. Mas ninguém teve uma cena tão bizarra quanto a minha. Posso trabalhar no Terça Insana?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Não acho graça em quem quer ser engraçado!


A essa altura da vida, já percebi que algumas pessoas nasceram com o talento de serem engraçadas, outras nem tanto. Às vezes nem um pouco. É ai que está o problema. Quem tem o talento nato de ser engraçado diz algo na hora certa, tem o time da piada ou simplesmente faz rir, sem intenção nenhuma. São pessoas engraçadas pelo simples fato de ser. Não é nada programado, nenhuma piada decorada. É engraçando e ponto. Agora, os muitos que não nasceram com esse dom (eu sou uma delas) precisam – PELO AMOR DE DEUS!- aceitarem a sua posição como platéia. Não ter a comédia correndo nas veias não significa ser nulo de milhares de outras qualidades. Aceite! Aliás, é tão mais simples do que isso: se você não tem a “graça natural”, não banque o “engraçadinho”! Digo por experiência em conviver com gêneros do tipo: rir de uma piada boba (daquelas sem graça), escutar “trocadalhos do carilho” (tipo esse) e querer chamar a atenção a todo custo é um porre. O resultado de forçar a barra, inevitavelmente, é o mesmo: o cara mala!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Passa tempo, passa!


Um dia longo. Verdadeiramente longo. Justo hoje, que é meu rodízio – isso significa ficar presa até as 20hs- estou tão à toa quanto os meus cachorros. Nada pra fazer, ler, pesquisar ou papear. Estou atualizada sobre todas as notícias da net: a Dercy Gonçalves foi sepultada na vertical, com direito a escola de samba (nada mais justo!), a Mega-sena acumulou para 30 milhões (já fiz a minha aposta), na próxima quinta-feira chega uma massa fria em São Paulo (preparem seus casacos!), teve uma explosão no Conjunto Nacional na Avenida Paulista – dois feridos-, um chinesinho ganhou a disputa de matemática mundial, o IBGE abre inscrições para 700 vagas temporárias... E por aí vai. E tem gente que diz que ficar à toa é uma delícia... Ok, ok, nada de demagogia, ninguém agüenta viver em constante pressão, mas um pouquinho de ocupação (além de checar o MSN, o email, o Orkut e o blog), já agita o pouquinho a vida. Vai um cafezinho aí?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O que o seu nick do msn diz sobre você?

Todos os dias faço a mesma coisa: ligo o computador, entro no MSN e leio os Nicks de todos os meus amigos que estão online. Já reparou como isso é engraçado? É mais do que isso: é a descrição exata de como cada um está se sentindo no dia.

Tem o carente que está com a auto-estima baixa, então usa Nicks como: “Alone”, “A solidão é boa para o aprendizado”, “Nada como um dia após o outro”,” O importante é respirar fundo”, e por aí vai. OBS: esses nicks geralmente sugerem alguma coisa. É a deixa típica para você perguntar se está tudo bem. Às vezes fico em dúvida se é para perguntar ou não..

Tem os apaixonados que faz questão de declarar o amor perfeito, a vida perfeita, o casal perfeito.. Tudo perfeito! Aqui entram desde declarações nominais, “Joãozinho, eu te amo”, a clichês, “Nós dois: um só”, “Feitos um para o outro”, “Amor incondicional”, ou trechos de poemas e de músicas melosas: “Que seja eterno enquanto dure”, “Ele completa ela e vice e versa que nem arroz com feijão”.

Há muitos outros tipos, como os “Cults”, com frases em outras línguas, os “Engraçadinhos”, com alguma piada ou trocadilho, os “Ocupados”, com nicks de muitos afazeres – “Ocupadíssimo”, ou, simplesmente, “Tô ferrado!” – se não quer papo, por que está online?-, os Nicks anúncios: “Vende-se carro”, “Precisa-se de estagiário”, “Procura-se empregada”.

Mas de todos esses o que me mais me diverte é o tipo “Tô de bem com a vida”: “A balada foi maravilhosa”, “Festa perfeita, pessoas perfeitas”, “Final de semana maravilhoso”, “A vida foi feita para curtir”, “Que venha a próxima festa”, “Vibe total” e por aí vai. Esses Nicks são bons para você descobrir como foi o final de semana da pessoa! Cá entre nós, me parece algum cutucão para ex-namorado, marido, amigo, qualquer coisa mal resolvida do tipo.

Um palavrão, por favor!


Tem dia que nada dá certo. O despertador não toca – ou toca e você o ignora-, a roupa não veste bem- ou o tempo muda e o plano de usar o vestidinho de florzinha vai pro beleléu-, o trânsito não ajuda, o seu chefe faz cara feia, o seu computador dá pau, você descobre uma conta atrasada, briga com a mãe, com o pai, com o namorado – ou sofre porque não tem um para brigar...Enfim, um dia maldito daqueles! Agora me diz: um dia desses vale ou não vale um palavrão de boca cheia? Até a mais santa há de concordar.

Desculpa os maus modos- eu sou bem-educada, juro!-, mas a verdade é que um palavrão, quando bem dito, em hora certa e com motivos, expressa mais do que muitos discursos. Não dá pra xingar o motorista barbeiro de feio, bobo ou trouxa, nem xingar o seu carro, o seu chefe (em pensamento) ou o juiz de chatinho e tolo. Um palavrão é sinal de atitude, de energia, de manifestação. E, muitas vezes, ele vem para o bem! Como dizer que a festa foi "foda", sem usar essa palavra? Vai dizer que a festa foi supimpa, animal, massa? Ah, nãoooo. Perde o melhor da festa!

Bem, dito tudo isso, quero expressar a minha indignação com as novas leis do Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos: em prol do bom convívio, eles proibirão o uso de palavrões durante os jogos em Pequim... Fala sério, heim...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Sangue nas ventas!!


Tá, eles não existem. Ok, é só ficção. Sim, eu sei, isso dá ibope. Mas, pelo amor, as cenas do Léo (Jackson Antunes) e da Catarina (Lilia Cabral), A Favorita, me tiram do sério. De verdade! Não sei se é trauma de alguma vida passada ou simplesmente senso de justiça aguçado, mas não consigo ver aquele safado, maldito, canalha –parei por aqui- tratando uma mulher daquele jeito. Vem cá, isso existe? Porque se sim, é motivo para cadeia. Sentada no sofázinho da minha casa me pego numa fúria inexplicável todas as vezes que o personagem machão entra em cena. Grito com a TV, esperneio contra a mulher submissa, na esperança de mudar o roteiro. Me sobe o sangue de tal jeito que, se fosse verdade, teria medo da minha reação. Não sei se sou tão corajosa quanto penso ser, mas quer saber? Tá para nascer o homem que me dá um tapa na cara ou me insulta com palavras baixas. Sou pequena, mas sou folgada. Ah, sou!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Empinar pipa faz bem para saúde!


Dia desses vi na televisão uma reportagem sobre o país do momento: China. Dentre muitas curiosidades, a pipa foi a que mais me chamou atenção. Você sabia que brincar de pipa representa muito mais do que diversão para os nossos queridos chinesinhos? Sim, empinar pipa é uma tradição passada de pai para filho. Aliás, é coisa de adulto! A criança assiste o pai empinando e aprende com ele tudo sobre a direção do vento, o controle da pipa e muito mais. Para completar, a pipa tem como objetivo cuidar da saúde e postura corporal. Explico: ao envelhecer, o corpo tem a tendência natural de curvar-se para frente. A pipa, por sua vez, mantém a postura correta, com a cabeça voltada para o alto. Viu só? Vivendo e aprendendo...

Quem conhece a Lígia?

Será que voces conhecem de verdade a Dona Lí? Vamos ver, se algum de voces já compartiu algum desses momentos com ela, porque só quem passa por isso, pode dizer que conhece um cantinho do que ela é.

Já foram comprar alguma coisa específica no shopping com ela? Olha, pode ter certeza que sao horas de shopping, entrando em todas as lojas e indo para casa de maos vazias, impresionante, ela faz a idéia na cabeça do que quer, e obviamente, nunca acha o q ela mentalizou (o que también é difícil, porque acho que as lojas ainda nao tem capacidade para adivinhar pensamentos né). Ai quando ela vai de bobeira acha varias coisas q gosta, vai entender.

E ja discutiram com ela? Essa é outra historia, porque de duas uma, ou ela fala, fala, fala, briga e fica de bico ou, simplesmente, pula toda a parte do fala… e vai direto pro bico, e vc pregunta, que que vc tem? Nao vai falar? E ela responde que nao tem nada, ai depois de 2 semanas ela vem falar no assunto, ai volta a parte do fala, fala, fala e briga.

Já estiveram do lado dela quando ela esta com mto sono? Essa parte é ótima, ela responde coisas que realmente nao tem sentido, mas de verdade nao tem, esses momentos já me renderam muitas risadas, ou melhor, gargalhadas. Uma vez, fomos para minha casa já tarde da noite, deitamos na minha cama e eu comecei a contar uma historia, quando eu perguntei a opiniao dela, ela me responde: dá boa noite pro cara do pedagio, vai! (me explico, eu tava contando os casos da minha vida amorosa, ou seja, o assunto nao tinha nada a ver, e moro num lugar que tem q passar pelo pedagio), até hoje nao entendo esse comentario, acho que as coisas se misturaram na cabeça dela ai já viu, saiu pedagio. Depois desse comentario ela acordou de vez, porque eu ria tao alto que quase acordei a casa toda.

Já foram para casa dela ver como ela trata os cachorros dela? É impresionante o cuidado que ela tem com os cachorros dela, como protege eles do frio, da rua, da mae dela que fica mandando eles para fora, e eles também fazem o mesmo, cuidam dela, nao deixam ninguem chegar perto. E eles sao ciumentos. (bom, pelo menos o Lettuce era muito, fazia xixi na cama dela quando ela ficava muito tempo sem ir para casa, ficava muito bravo ele).

E os ciúmes das amizades? Acho que agora já deu uma melhorada, mas ela é ciumenta viu, muito. Se voce fala muito de uma pessoa para ela, ela fica brava, porque é como se a pessoa fizesse mais parte da sua vida que ela. E ela, como boa leonina, gosta do espaço dela muito bem guardado e cuidado.

E a unha descascada? Que ela nao para de tirar com o dente, ou com as outras unhas até sair todo o esmalte, tem afliçao de deixar o esmalte pela metade, ou seja, ou fica inteiro ou tira tudo, nem que seja com o dente.

Isso é mto particular heim, quem ja notou os pés e as maos frias e suadas? Eu nao sei porque, mas desde que eu conheço a Lígia ela ta sempre com os pés e maos frias e suadas, mas suadas de verdade, e ela morre de vergonha disso, vive lavando os pés e as maos porque sente afliçao. (ahhhhh contei pro todo mundoooooo). Quando ela chega da rua em qualquer shopping, casa de alguém, restaurante ou o que seja, vai direto pro banheiro lavar as maos. Olha só que limpinha!!!

Olha, vou parar de ficar soltando seus podres no seu próprio blog que isso é feio, mas voce me conhece, eu naum sei ficar sem encher um pouco o seu saco, e essa é uma forma de eu encher o seu saco de longe, de muito longe mesmo.

Agora falando serio, voce sabe que voce é a minha alma gemea, sinto muita falta das horas de shopping em shopping, das discussoes, das suas afliçoes, das suas viajadas quando está com sono e de tudo mais que faz parte de vc. Tem coisas que a gente só se dá conta quando está do outro lado do oceano, e ve que o que a gente tinha ai era muito valioso. Eu sempre te disse que vc era meu porto seguro, minha segurança e agora de verdade eu sei o quanto isso significa, porque podem ser espanholas, italianas, venezuelanas, colombianas, inglesas ou chilenas, mas nao tem niguém aquí que chegue aos pés de ser ou que representar o que vc representa na minha vida.

Sinto muito que a gente tenha que ficar mais un ano separadas, e eu sinto muito, de verdade que as coisas nao tenham saído como a gente planejou, porque era para estarmos aquí juntas, mas naum deu para ser assim, uma pena, por outro lado, tenho certeza que isso vem para fortalecer os laços que a gente tem, porque voce vai sentir o que eu to sentindo aquí e agora e vai me dizer que todas as particularidades da sua familia e dos seus amigos, que vc vai deixar ai, até as mais chatas manias, voce vai sentir uma falta do KCT.

Só quero te dizer que vc sabe o q significa para mim. Se cuida muito e eu estou esperando voces dois aquí para ajudar no que voces precisarem.

Te amo muito pequena, por todos os seus defeitos, qualidades, falhas e acertos. Uma Ligia nao deixa nada a desejar nem a sobrar.

Besitos, venga adiós. Le!!!!

terça-feira, 15 de julho de 2008

15 de julho: Dia Internacional do Homem!


Quase ninguém sabe: nem elas e muito menos eles, os próprios homenageados. Mas o fato é que os machões também têm um dia internacional * e sabe-se lá o porquê escolheram o dia 15 de julho. Agora eu me pergunto: O que devemos comemorar nessa data tão sublime? Nós, mulheres, comemoramos a revolução no mercado de trabalho, o nosso espaço como mãe, esposa e mulher. E eles? Bem, tento listar os principais itens que faz de um homem um ser indispensável. (ah, deixo claro que na outra vida quero nascer menino!)

Eu preciso de um homem quando...
1-...não tenho força para algum trabalho manual, exemplo arrastar sofá, geladeira, armários...
2-...quero me fazer de frágil e ser adulada por ele, que se sente o mais forte e poderoso homem do mundo.
3-...estou confusa, cheia de pensamentos, e ele sintetiza os meus problemas numa única palavra: frescura. Obs: o mundo masculino é bem mais simples do que o mundo feminino. Isso eu invejo!
4-...estou cansada de ser adulta, séria e responsável e me deixo rir de alguma besteira ou piadinha infame que ele conta.
5-...quero comer alguma besteira bem gorda, sem ficar com peso na consciência.
6-...estou com frio e posso enfiar os meus pés gelado debaixo das pernas dele.
7-...estou com aquela TPM maldita e só ele (e o chocolate) é capaz de me agradar.

Obs: mais do que uma brincadeira, esse post é uma homenagem para os muitos homens (leia-se meu pai, namorado, cunhados, amigos e cachorrinhos machos) integrantes da minha vida! Se você tem outros motivos, deixe-os registrados aqui!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A favor dos cobertores de orelha!


Que me perdoem os solteiros, mas namorar é verdadeiramente delicioso. Ainda mais quando o dia está friozinho e a programação envolve TV e edredom. A verdade é que quando se tem um alguém para deitar de conchinha até mesmo o “Domingão do Faustão” ganha graça nova.

Tá, ok, você, como defensor do clube dos solteiros, protesta: “E a liberdade, as satisfações, as exigências, o ciúme e as brigas?” Sim, você está completamente certo. Tudo isso existe e, quando se ama, ganha proporções homéricas. Mas veja o outro lado: o companheirismo, o carinho e todos esses sentimentos melosos, quando bem dosados, são bem mais compensadores do que os defeitinhos de todos os dias.

Enfim, o que me faz a favor dos apaixonados é aquele sentimento bão que construímos com o outro. Nos faz vivos!!! Mas lembre-se: quando você se abre para uma vida a dois, o pacote vem completo – isso inclui os bons e os maus sentimentos.

Será que sou muito romântica? Muito apaixonada? Talvez.. Mas como dizia o poeta: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena...”

Obs: dedico esse post ao meu cobertor de orelha, Raul Villalobos.

Meu querido mês de julho


Eu sempre achei que o ar no mês de julho fosse diferente de todos os outros meses do ano. É tudo muito mais alegre, com dias mais compridos e aquele gostinho delicioso de férias. Pra mim esse mês tem gosto de dias de sol e sorvete de casquinha. Quer dizer, tinha. Até o ano passado – eu ainda estava na faculdade- o mês de julho foi alegremente comemorado. Esse ano, no entanto, não tenho do que tirar férias. Daí entendi que na vida de adulto, o mês de julho é tão cinza e tão rotineiro quanto o mês de março, abril, maio... Lá vai mais um item para a minha lista de saudosismo: meu querido mês de julho.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Casca dura da boca pra fora!


Imagina um cara do tipo “italianão”, com personalidade forte e falar grosseiro. Esse é o meu pai, senhor Osvaldo Scalise, que tem sempre uma reclamaçãozinha para fazer. Se tudo está ruim ele reclama e, se estiver bom, reclama também. Ele é daquele tipo que não torce pra time nenhum, mas fala mal do que está perdendo. Uma língua afiada, que só! Tem sempre um jeito estúpido ao se expressar e não se comove com nada, quer dizer, quase nada.

A Vick (minha nova cachorrinha apresentada anteriormente) é a prova viva de que meu pai tem um coração mole. Quando ela chegou, foi ignorada, xingada e odiada por ele. Pra vocês terem uma idéia, meu pai nem olhava pra cadelinha, porque não queria mais um cachorro em casa. Dias atrás, no entanto, cheguei e não encontrei a Vick. Fiquei apavorada procurando pela cadelinha e nada. Eu o questionei e ele respondeu: “Dei pra um mendigo”. Fiquei apavorada, é claro. Segundos depois, lá estava ele rachando o bico com a pequena dormindo dentro da jaqueta. Acredita?

Pois é, senhor Osvaldo, num tem mais jeito. Está na hora de abandonar a casca dura e revelar o seu lado feliz da vida. Esse seu coração mole é o que me faz rir das suas grosserias! Um beijão, pai.

Obs: Ainda não tirei fotos dele com a Vick, mas tenho uma com ele, minha irmã, Vanessa, e o nosso pit bull, Barão.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Uma homenagem a senhorita Guria


Ela chegou de mansinho, tímida e sem muitas palavras. Mas bastou abrir a boca pra sair um “Tú”, “Bah”, “Tchê”, “Trilegal” e outras gírias típicas de uma verdadeira gaúcha. Ela é a Bruna Lora, batizada carinhosamente por mim como a Guria. A verdade é que num sei explicar como ou porquê, mas simplesmente fui com a cara dessa menina. Na primeira semana, já estava eu falando das minhas intimidades e outras coisitas mais. E olha que eu não sou assim!! Por que eu me entreguei tanto a essa amizade? Talvez, carência ou afinidade. Não sei. Mas, Guria, isso pouco me importa!

O que vale é que você invadiu a minha vida, literalmente, e conquistou um espaço muito digno nela. Por tudo isso, quero prestar uma pequena homenagem a você, que vai me abandonar a partir da semana que vem (ela mudou de emprego). Brincadeira à parte, estou muito feliz com a sua escolha. Vai ser um salto na sua carreira e eu tenho certeza que você vai muitoooo longe! E, por favor, nunca deixe de ser essa guriazinha cabeça dura, que diz “Faça-me o favor” a cada gesto de indignação. Eu simplesmente adoro!

terça-feira, 1 de julho de 2008

Você precisa de um "personal friend"?

Uma nova profissão entrou para o mercado brasileiro: é o personal friend. Em miúdos, é uma pessoa contratada para ser seu amigo, em situações solitárias. Pois é, até isso dá dinheiro. E, pelo jeito, não é pouco: quarenta reais à hora.

Tudo começou com a iniciativa de um professor de dança de salão, do Rio de Janeiro. Ele percebeu que poderia transformar as saídas coletivas de alunas a bailes, em um negócio atrativo e lucrativo. Ele garante que os passeios não envolvem sexo, mas isso não vem ao caso. A minha indignação é que o mundo anda tão solitário que precisa pagar para ter um diálogo ou uma companhia amiga. Ah, me poupe!

domingo, 29 de junho de 2008




O amor de tia também é incondicional!


Ele ainda nem nasceu. Não sei como é o rosto, os olhos, o pezinho. Mas tenho certeza que é tudo perfeito, lindo e delicioso de morder. Esse é o Gustavo, para os mais íntimos, o Gú. Filho da minha irmã do meio, a Vanessa, e do meu cunhado, o Alex. É uma criança de 8 meses – na barriga- que ainda não conheceu o mundo, mas já é amado por tanta gente aqui fora. E olha que a família não é pequena: papai e mamãe, duas vovós e dois vovôs, duas tias, 3 tios, 3 cachorros, mais todos os amigos agregados.


Como pode tanto amor por um pedacinho de gente que ainda nem nasceu? Não sei. E antes de acontecer comigo até achava exagero. Mas a verdade é que a titia aqui é tão, tão, tão babona que já sente um amor incondicional por essa criança. Dizem que esse tipo de amor é de pai e mãe. Mas será que eu sou a exceção da regra? É nada, a regra vale para titias também. Por isso digo para quem quiser ouvir: Gú, a tia já te ama, pequeno. Chega logo!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Versão Traveco!

Há dias estou com uma sinusite daquelas bem chatinhas. Dor de cabeça, dores no corpo, indisposição, dor de garganta e... Voz rouca. Começou leve, como um arranhadinho na voz e piorou drasticamente. Terça-feira passada, ela morreu de vez. Virei uma pessoa muda, daquelas que precisam de mímicas para se comunicar. O máximo que saia de mim era um sussurro, com muito esforço.

Dois dias depois, hoje, as coisas estão voltando ao normal, mas de um jeito bem bizarro. Veja a cena: me direcionei a uma recepção e esperei a recepcionista falar comigo. Ela estava toda atarefada, atendendo telefone, preenchendo formulários, enfim. Enquanto isso eu só sorria. Minutos depois ela soltou um “bom dia”. Eu acenei com a cabeça e continuei esperando a minha vez. Até que ela perguntou: “Pois não?”. Foi aí que eu abri a boca e emiti o som rouco, falho, grosso e estranho da minha voz. “Nossa, você com essa carinha de menina e esse vozeirão todo!”, surpreendeu-se a recepcionista.

Pois é, minha gente, ganhei uma voz invejável para traveco nenhum botar defeito.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Desligue a televisão, já!

esse vídeo dispensa palavras...

domingo, 22 de junho de 2008

A nova integrante da minha vida


Hoje seria um domingo de inverno típico – com direito a bolinho de chuva, sofá e filme romântico-, se não fosse um choro de cachorrinho no meio da tarde. Os berros do filhotinho eram tão altos que eu, minha mãe e meu pai nos levantamos do sofá. Meu pai saiu correndo, já que temos dois cachorros (o Luck e o Barão) e eu fui atrás. Um menino pegou o cachorrinho e levou embora. Voltamos e demos play ao filme.

Cinco minutos depois, a cena se repete. Mas, dessa vez, o pequenino entrou pelo vão do portão de casa. Eu corri e peguei o pequeno no colo. Cheio de barro, o filhotinho gemia e tremia sem parar. Uma judiação! A minha mãe providenciou meio copo de leite morninho -nunca vi tanta fome!-, e ele bebeu como se fosse a primeira vez. Segundos depois, fez-se a paz: capotou no meu colo embrulhado no edredom.

Daí toda a discussão: “Não podemos ficar com ele, já temos outros dois”, afirmou meu pai. “Mas como jogar na rua um bichinho tão pequeno, inofensivo”, respondeu a minha mãe. Durante o papo eu só disse uma única palavra: “Bingo”. Esse é o nome do sortudo que mudou o meu domingo. Daí pra frente: Bingo pra cá, Bingo pra lá.

Horas depois, desembrulhamos o Bingo e acendemos a luz. Mais uma surpresa: “É uma menina!”. Sendo assim, eu apresento a nova integrante da família: Vick. Foi o nome de batismo que eu dei para a pequena vira-latinha que, com menos de um mês, já é uma vitoriosa.

Obs: agora ela está dormindo como uma rainha na sua caixinha de sapato cheia de pano. É a manifestação da vida em quatro patinhas...

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Muita paciência, por favor!

Lá estava eu na padaria - na fila obrigatória do pão- quando finalmente chega a minha vez. Sorridente, a vendedora pergunta: “Vai comprar pão hoje?”. Meu mundo parou. “Como assim vai comprar pão hoje? É obvio, eu estou na fila obrigatória do pão! Faça-me o favor (como diz uma amiga gaúcha)”.

Respirei fundo e, em vez de ser grosseira, respondi que sim e pedi quatro pães. Daí por diante o trâmite foi rotineiro: peguei o pão, paguei e fui embora. Entrei no carro me dei conta da cena ridícula que eu acabara de viver. Não satisfeita, pesquisei na internet uma lista de “Perguntas idiotas, respostas cretinas”. A idiotice na pergunta ou a falta de paciência na resposta é no mínimo engraçado. Dá uma olhada!

Obs: se você já viveu alguma cena do tipo, mande para mim.

Cena:No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque.
P: Vai levar em dinheiro? R: Não! Me dá em clipes, por favor.

Cena: Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico.
P: Mesa para dois? R: Não, mesa para quatro, duas são pra colocar os pés.

Cena:O sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta.
P: Vai pagar com cheque? R: Não, vou fazer um poema nesta folhinha!

Cena:Sujeito no elevador (no subsolo-garagem).
P: Sobe? R: Não, esse elevador anda de lado.

Cena:um sujeito voltando do rio com um balde cheio de peixes.
P: Você pescou todos? R: Não, alguns são suicidas e se atiraram no balde.

Cena: Sujeito no caixa do cinema.
P: Quer uma entrada? R: Não, é que eu vi essa fila imensa e queria saber onde ia chegar.

Cena: Cidadão levando cinco pacotes de batata palha de um supermercado.
P: Você gosta de batata palha, não é? R: Batata palha? Me enganei, achei que fosse mortadela!!

terça-feira, 17 de junho de 2008

O mundo aos olhos de uma criança

A cada dia me convenço de que quanto mais idade e amadurecimento, mais complicamos a vida. Não ficou convencido? Veja um exemplo:

Depois de brigar com o marido, a mulher se tranca no quarto e chora a tarde toda. Antes do jantar, a filhinha sobe na cama ao lado da mãe e pergunta: “Mamãe, por que você está triste?” A mãe, toda sentimental, responde: “Ah filhinha é coisa de gente grande. A mamãe discutiu com o papai hoje de manhã e ficou chateada, só isso.” A pequena desce da cama, mas antes de ir embora, questiona: “Mamãe, mas isso não faz tempo? Então, a hora de ficar triste já passou. Agora é hora de ficar feliz”.

Simples, não? Pois é, quem nos ensina é uma criança de apenas três anos que ainda enxerga o mundo com uma simplicidade maravilhosa. Vale a lição...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Quanta criatividade!

Meu dia estava um saco até as nove da manhã. Para começar, tive pesadelo, acordei atrasada e sai em jejum de casa para fazer exame de sangue. No laboratório quase desmaiei – 7 ampolas!- e sai de lá bem tontinha.

Mas tudo foi superado ao dar de cara com um criativo estabelecimento na Avenida Cardeal Arcoverde: “Paulofusos”. Esse é o nome da loja que vende adivinha o quê? Parafusos, é claro. Suponho que o nome do proprietário seja Paulo, daí a sacadinha. Pegou?

Esse trocadilho me fez rir horrores. Empolgada, cheguei ao escritório e fui pesquisar na net. Adivinha de novo? Encontrei muitos outros chavões hilários. Atenção: todos os nomes são reais, retirados de pesquisas na net. Divirta-se!

Jacques Canine (Petshop)
18 Kilatem (Petshop)
Gato Kilate (Petshop)
Cão-de-Ló (Petshop)
Reto-Car (martelinho de ouro)
Chilêncio (Loja de escapadores)
Filhos da Fruta (Lanchonete)
Deli & Cia (quiosque de guloseimas do Carrefour)
Odalicia Esfihas (Esfiharia)
Peter Pão (Padaria)
Dotim Dotoso (Distribuidora de doces)
O cú do padre (bar atrás da igreja)
Bar 20 V (Afff!)
Bar Bão Di Goli
Bar Merindus
Bar Baridade
Bar ‘Bants’
Bar Kão
Baba Cão Lanches
Bar último gole (Bar de frente para o cemitério)
Ali baBar & os 40 ladrões
Motel Se Q Sabe
Pizzaria e Borracharia O Rato Que Ri (Pizzaria e Borracharia??)
Casa da Besta (Oficina mecânica para Besta)
Madeireira Cara de Pau
República atecubanos (leia de trás pra frente)
Açougue Extouro
Açougue um boi a menos
Dona Porca e seus três parafusos (Loja de ferramentas)
Instituto de Beleza Coisa Bela (você é uma coisa!)
Costurando gostoso (Loja de Máquinas de Costura)
Casa Matachana (Loja localizada em Ourinhos, do que será?)
Videolocadora Tomara que chova
Perua escolar Van com Deus
Pílula Falhou (Confecção infantil)
A novilha rebelde (Churrascaria)
Carvão Joana D’Arc (o meu preferido!)
Saboaria da Dinalva (Bar de lésbicas)

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Solidão na net

São quase sete horas da noite e só agora me dei conta de que não ouvi nenhuma voz humana. Nem ao vivo, nem por telefone. O que não significa que eu tenha ficado calada o dia inteiro. Muito pelo contrário: meu MSN bombou! Aliás, bati papo com tanta gente querida, mas que não vejo há anos. Nessas horas eu penso: “Bendita internet”.

Dito isso, tento ser uma pessoa feliz, com um computador e um MSN recheado de contatos. Parece até impossível se sentir sozinha quando um mundo de gente está online na sua lista, não é mesmo? Discordo.

Um papinho online distrai, é fato. Mas, cá entre nós, eu sinto falta dos olhos nos olhos, do abraço apertado e de um encontro verdadeiro. Parece até saudosismo da minha parte, mas sinto falta das reuniões ao vivo. Responda: Qual é a graça de contar uma super novidade pela net? A pessoa do outro lado pode atér ser atenciosa e encher você de parabéns. Mas falta a entonação da voz, a resposta espontânea. Concorda?

A verdade é que eu estou farta da solidão física. Dia desses, por exemplo, fui ao shopping sozinha, faço isso com freqüência, e me bateu uma vontade louca de convidar todos os outros sozinhos para um bom papo. Quem sabe um café? Sim, parece loucura, mas eu desejei papear com todos os vizinhos solitários que andavam de um lado para o outro, cheios de sacolas, hipnotizados pelas vitrines. Por que eu não fiz? Não sei, talvez me faltou coragem. E, você, por que não faz?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O trânsito nosso de todos os dias

Moro em Guarulhos, mas tenho uma vida em São Paulo. Isso significa trabalhar, estudar, namorar, passear, tudo a 40 quilômetros de distância, todos os dias. Nessas idas e vindas, posso afirmar (com propriedade!) que me tornei uma especialista em comportamento no trânsito. E acredite: é muito interessante!

Vamos aos exemplos:
O lerdinho: é aquele motorista que aprecia a paisagem ou aproveita o trânsito para meditar. Nessa brincadeira deixa 3, 4,5 carros passarem na frente sem perceber.

O escandaloso: é aquele que mete a mão na buzina por qualquer motivo. Parece que está sempre atrasado - por que não acorda 5 minutos mais cedo?

O esquentadinho: nós mulheres somos campeãs nessa categoria - o que não elimina os homens de fazerem o mesmo. Com os hormônios à flor da pele berramos com o colega do carro ao lado, às vezes sem grandes motivos...

Além dos estereótipos básicos, há outras atitudes dignas de um bom trânsito: alguém cutucando o nariz, ou no celular, ou cantando em altíssimo som, ou tirando a sobrancelha, ou passando batom, ou qualquer coisa do tipo. Ah, não posso esquecer aqueles que aproveitam o trânsito para paquerar. Tem sempre um xavequeiro de plantão!

Apesar dos pesares, faço bom uso dessas horas em vão. Hoje, por exemplo, presenciei uma cena linda, típica de filme americano. Um casal – lá pelos seus 25 anos-, papeava tranquilamente no trânsito. Sabe-se lá o porquê o rapaz ficou nervoso. Daí para uma bela briga foi um pulo. Ela tentava se explicar. Ele, por sua vez, não estava a fim de ouvir. A guerra durou uns 13 minutos. Mas isso pouco importa. O sensacional foi a reconciliação deles. Emocionante!

Ok, agora você me pergunta: “O que eu quero dizer com tudo isso?”. Quero dizer que o “maldito” trânsito me ensina alguma coisa. Ainda não descobri a moral da história, mas esse último exemplo mexeu com o meu dia. Obrigada casal desconhecido.

terça-feira, 27 de maio de 2008

O pé direito de um calçado velho

Que atire a primeira meia soquete quem nunca teve (ou pelo menos quis ter) um all-star, uma melissa de camurça ou uma bota de verniz. São os típicos calçados da moda (em algum momento da vida), que qualquer mulher desembolsa uns troquinhos para comprar. Afinal, você não quer ser o único fora da moda, não é?

Dito isso, expresso com menos revolta o meu ponto-de-vista sobre as amigas. Por anos, pelo menos nos últimos quatro, tento esconder a revolta com o “Clube da Luluzinha”. Numa estação me sinto o sapato de verniz, top de linha das passarelas do SPFW e, na estação seguinte, não literalmente esse período de tempo, me sinto o all-estar velho, filho único na festa do Oscar. Como se fosse o pé direito (não gosto do esquerdo, não me pergunte o porquê) de um calçado usado, fora de moda, jogado pra escanteio e, quando muito, doado para alguém que necessita.

Agora me pergunto: como as pessoas conseguem ser tão seletivas a ponto de descartar uma amizade? Ok, não existe juramento daqueles “Até que a morte as separe”, mas, péra lá! Ou sou eu muito leonina- leia-se possessiva, apegada e sentimental-, ou são elas muito desapegadas.

Pois bem, esse testemunho parece uma cartinha de adolescente de 15 anos, mas lá no fundinho quero expressar que fico muito triste quando me encontro na posição de descarte- será mania de perseguição? Por mais maluca que sou – e sei que sou- tento ser uma amiga de verdade. Daquelas prontas a escutar, aconselhar e dizer besteiras a qualquer hora do dia. Também topo diálogos intermináveis, que começa pelo assunto “consumo” e termina em“filhos, futuro e cachorros”. Também sou pau pra toda obra quando convidada para bater perna numa terça-feira, depois do expediente, atrás do vestido ideal.

Como uma boa publicitária, talvez eu esteja vendendo bem o meu peixe, mas confesso que nem tudo são flores. Também sou a amiga que cobra por atenção, que pede carinho e ouvidos. Sejamos justas: não peço exclusividade, até porque acredito que nenhuma amiga é igual à outra. A única exigência, se é que posso exigir, é que você, amiga, seja tão verdadeira quanto eu na nossa amizade. Já ouviu falar de reciprocidade?

Sou tão seletiva como muitos e tão descartiva (existe essa palavra? Pessoas que descartam outras?), como pouquíssimos. Disso eu me orgulho. E quer saber? Eu posso não ser o sapato do momento, posso até ser encardidinho e démodé, mas tem sempre alguém que gosta do conforto de um sapato velho à bolhas de um novinho.

Obs: nada pessoal ou dirigido.

Uma florzinha nesse mundão de meu Deus

Você já se perguntou qual é a sua posição nesse mundo? Para que veio? O que tem de importante e notável para fazer? Se souber responder, meus parabéns. Eu não sei. Aliás, não faço a menor idéia. O que posso dizer nesse post de boas-vindas é que eu não vim a esse mundo a passeio.

Terceira filha, caçulinha da mamãe, vim para buscar o meu cantinho ao sol. Ou, se preferir, minha terrinha no jardim. Ainda não sei qual é a minha missão – se é que existe alguma-, mas busco todos os dias cumprir a missão de todos os dias. Parece poético, mas viver em São Paulo – prédios, trânsito, poluição e perigo –, é mesmo uma missão. Não é?

Aos 23 anos sei que ainda tenho que comer muito arroz e feijão para ser alguém nesse mundo. Sou apenas uma florzinha – por ironia, esse é o meu apelido há muitos anos (será que tenho cara de flor?) –, nesse mundão de meu Deus. Mas não sou uma florzinha qualquer. Ah, não! Quero água, terra fértil e ventinho no rosto. Luto por isso. Também sou muito curiosa e apaixonada pela arte de viver. Cá entre nós, existe algo mais prazeroso do que papear sobre as mazelas da vida? Oh coisa boa!

Se você passear por essas bandas vai encontrar altos papos e, quem sabe, um pouquinho de diversão. Como eu disse, não vim a passeio, então começo aqui a registrar um pouquinho da minha história. E, você, sinta-se à vontade. Seja bem-vindo!