Vamos aos exemplos:
O lerdinho: é aquele motorista que aprecia a paisagem ou aproveita o trânsito para meditar. Nessa brincadeira deixa 3, 4,5 carros passarem na frente sem perceber.
O escandaloso: é aquele que mete a mão na buzina por qualquer motivo. Parece que está sempre atrasado - por que não acorda 5 minutos mais cedo?
O esquentadinho: nós mulheres somos campeãs nessa categoria - o que não elimina os homens de fazerem o mesmo. Com os hormônios à flor da pele berramos com o colega do carro ao lado, às vezes sem grandes motivos...
Além dos estereótipos básicos, há outras atitudes dignas de um bom trânsito: alguém cutucando o nariz, ou no celular, ou cantando em altíssimo som, ou tirando a sobrancelha, ou passando batom, ou qualquer coisa do tipo. Ah, não posso esquecer aqueles que aproveitam o trânsito para paquerar. Tem sempre um xavequeiro de plantão!
Apesar dos pesares, faço bom uso dessas horas em vão. Hoje, por exemplo, presenciei uma cena linda, típica de filme americano. Um casal – lá pelos seus 25 anos-, papeava tranquilamente no trânsito. Sabe-se lá o porquê o rapaz ficou nervoso. Daí para uma bela briga foi um pulo. Ela tentava se explicar. Ele, por sua vez, não estava a fim de ouvir. A guerra durou uns 13 minutos. Mas isso pouco importa. O sensacional foi a reconciliação deles. Emocionante!
Ok, agora você me pergunta: “O que eu quero dizer com tudo isso?”. Quero dizer que o “maldito” trânsito me ensina alguma coisa. Ainda não descobri a moral da história, mas esse último exemplo mexeu com o meu dia. Obrigada casal desconhecido.