quinta-feira, 24 de julho de 2008

Quero ser uma ema!


Para tudo!!!! Nunca senti tanta vergonha em quase 24 anos de existência. E por ter esse bronze de escritório, fico vermelha por qualquer motivo, eu disse QUALQUER! Mas ontem, especificamente, num foi qualquer um. Foi “O Motivo”. Sete da noite, maravilha, hora de recolher as panelinhas e zarpar do trabalho. Aliás, estava toda animadinha porque tinha um programa diferente: assistir o Terça Insana. Antes de ir embora, estava papeando com os meninos da minha sala até ouvir o meu nome: “Lígia, você pode me fazer um favor”, disse o diretor da agência que eu trabalho. Ei, vocês entenderam a gravidade do assunto? Não foi a copeira, a recepcionista ou qualquer colega de trabalho. Foi o diretor!!! (Aliás, ele sabe o meu nome!). “Claro”, consegui responder, mega-sem-graça. Ah, detalhe: eu tinha acabado de desligar o computador. “Será que ele vai me pedir um texto, um livro, de última hora?”. Mas o pedido foi bem outro. Bem tosco!
“Lígia, daqui exatos 8 segundos (e-x-a-t-o-s!), vem até aqui na porta da sala de reunião e grita. “Como???”, pensei antes dele fechar a porta. Não sei se gritei nos exatos oito segundos, mas sei que fechei os olhos e berrei: “Olá, alguém ai?” Agora me diz: porque cargas d’água fui gritar a típica frase da mocinha em filme de terror? Sei lá, acho que me senti a própria mocinha!

Não satisfeito, o excelentíssimo diretor abriu a porta -com cara de quem queria se estourar de rir- e disse: “Agora grite um pouco mais para lá”. Aí, senhor, de novo? Lá fui eu: “Oieeee, alguém na escuta? Oláaaaa, tudo bem por aíiii?”. Já cega de tanta vergonha, roxa como uma azeitona, me dei conta de que a agência inteirinha (não é pouca coisa) estava olhando para mim. Vergonha máster, claro.

Então, o diretor abriu a porta e disse com o seu belo sorriso de garoto propaganda: “Muito obrigado, Lígia”. E só. Nem se deu ao trabalho de me explicar o porquê dessa barbaridade. Será que era para testar a acústica da sala de reunião? Tomara que tenha sido em prol de algo justificável. Obs: não acabou por aí, para piorar, o “querido” soltou: “Nossa, menina, você vai estourar de tão vermelha! Isso porque estava gritando do lado de trás da porta!”.

Ah me poupe, precisava anunciar a minha vermelhidão com essa voz de cantor de ópera? Não. E outra isso é favor que se peça à alguém? Nem para estágiario, poxa! Resumo da história: fui embora rindo da minha própria desgraça. Depois desse micão, se eu tropeçasse na lâmpada do Aladin ou trombasse com Deus, faria o seguinte pedido: “Quero ser uma ema!”.

Ah, o Terça Insana foi legal, rendeu boas risadas.. Mas ninguém teve uma cena tão bizarra quanto a minha. Posso trabalhar no Terça Insana?

3 comentários:

Anônimo disse...

Não da pra acreditar..
Só com vc mesmo pra acopntecer isso...Juro q queria ser uma mosquinha pra ver a cena hahaha

Bjs Ju

Fuego disse...

Agora fiquei curiosa pra saber qual foi o motivo do seu chefe pedir isso!!
ahsuahsuashuashuahsua

Assim que vc descobrir, me avisa ;)

R! disse...

Por mim vc trabalha no terça sim, Dona Scalise!
Que bom que tem um blog, vou voltar mais vezes.
BEijos
Roger